Pão Diário, 16 de março.
A última semana de vida de Jesus foi muito intensa. Entra em Jerusalém, aclamado como rei por um povo descomprometido e carente de sua graça, sem dela se apropriar. De lá, vai para o tempo, onde confronta a atitude religiosa gananciosa que iludia e aprisionava. Fala, então, do fim da vida, da autoridade política, da ressurreição, do maior mandamento, do que significa um coração convertido ao Pai, do tipo de atitude de amor que ele espera. Ao reunir-se com seus discípulos para festa da páscoa, se antevê como cordeiro a ser entregue, pão a ser partido sangue a ser derramado. Pão e vinho o remetem à morte que salva. Os discípulos ouvem, mas não entendem. Amizade se misture à traição. Logo, um jardim se converte em cárcere lugar de luta e dor. Luta com o Pai, luta contra as forças do mal, luta com sua humanidade, luta pro toda a humanidade. Preso, mas não derrotado, Jesus é humilhado e espancado. Levado perante autoridades humanas que ironicamente tem o poder sobre sua vida, é como ovelha diante dos matadores. Pilatos não suja as mãos, suja a alma inquieta. Soldados o vestem com roupas reais em zombaria. Espinhos por coroa e cruz por trono lhe são dados. De lá, ainda governa, sem forças, sem pompa, mas com poder redime o criminoso arrependido, perdoa os que nem sabem o que fazem e despede-se do mundo onde vivera como homem por 33 anos.
Cristo não foi morto. Ele se deixou matar. Ele morreu por amar você.
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